Copie assumée, copie dissimulée: les racines controversées de Direitos das mulheres e injustiça dos homens de Nísia Floresta
- Soares, Erica (2017)
Mémoire
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- Copie assumée, copie dissimulée: les racines controversées de Direitos das mulheres e injustiça dos homens de Nísia Floresta
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- Soares, Erica
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- 29 septembre 2017
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- Nísia Floresta
- César Gardeton
- techniques de traduction
- intertextualité
- transtextualité.
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- Nísia Floresta
- César Gardeton
- técnicas de tradução
- intertextualidade
- transtextualidade.
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L’œuvre qui instaure Nísia Floresta dans la position d’écrivaine et première feministe du Brésil date de 1832, et s’intitule Direitos das Mulheres et Injustiça dos Homens. Il s’agit, selon l’auteure même, d’une traduction libre. Bien que la catégorie de cette œuvre tout comme l’attribution à Mistriss Godwin soient établies par Nísia Floresta, les véritables racines de son ouvrage ont été l’objet de nombreuses contestations au fil du temps.
Cette étude a pour objectif d’essayer d’élucider, par le biais d’une proposition à la réflexion et à l’analyse du discours de Nísia Floresta dans l’ouvrage en question, mais également de documents inédits, les origines et la filiation se montrant divergentes jusqu’à présent. Dans cette analyse il est possible d’observer et distinguer des techniques et des stratégies de traduction employées par l’auteure afin de réécrire et transformer le texte source en texte inédit : son propre Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens.
Au cours de la recherche, un nom, jamais mentionné avant ce travail, émerge et questionne la vraie filiation de l’œuvre : celui de César Gardeton, un auteur français du XIX siècle, possédant parmi sa bibliographie le titre suivant : Droits de la femme et l’injustice des hommes, publié en 1826. La lecture comparée des deux œuvres, présentant importantes similitudes, à commencer par les titres, nous permet de penser que Nísia Floresta a eu accès au texte de César Gardeton. A partir de cette révélation, il est pertinent de se détacher de la croyance persistante que Nisia Floresta aurait traduit l’œuvre A Vindication of the Rights of Woman de Mary Wollstonecraft ou Mistriss Godwin.
A présent, nous devons conclure que la traduction de Nísia Floresta est de l’ordre de la transmission, car ni le titre de son livre ni l’attribution à Mistriss Godwin ne sont ses créations. Mais, irradiée par César Gardeton, elle croit traduire Mistriss Godwin. Ainsi, l’origine de cette première publication de Nisia Floresta se maintient comme une fidèle reproduction des idées de Sophia dans sa brochure Woman not inferior to man, œuvre qui provient de la réflexion de Poulain de la Barre et présent dans son livre de 1673 De l’égalité des deux sexes.
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L’œuvre qui instaure Nísia Floresta dans la position d’écrivaine et première feministe du Brésil date de 1832, et s’intitule Direitos das Mulheres et Injustiça dos Homens. Il s’agit, selon l’auteure même, d’une traduction libre. Bien que la catégorie de cette œuvre tout comme l’attribution à Mistriss Godwin soient établies par Nísia Floresta, les véritables racines de son ouvrage ont été l’objet de nombreuses contestations au fil du temps.
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A obra que instaura Nísia Floresta na posição de escritora e primeira feminista do Brasil data de 1832, é intitulada Direitos das Mulheres e injustiça dos Homens e trata-se, segundo a autora, de uma tradução livre. Ainda que a categoria dessa obra assim como a atribuição a Mistriss Godwin tenham sido estabelecidas pela própria autora, sempre houve diversas controvérsias a respeito de suas verdadeiras raízes.
O presente trabalho tem como objetivo tentar esclarecer, por meio de uma proposta à reflexão e à análise do discurso de Nísia Floresta na obra em questão e também de documentos inéditos, as origens e a filiação que se mostram divergentes até os dias atuais. Nesta análise é possível observar e distinguir técnicas e estratégias de tradução empregadas pela autora com o intuito de reescrever e transformar o texto fonte em um texto inédito: o seu Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens.
Com o aprofundamento da investigação, um nome, até antes deste trabalho não revelado, emerge e questiona a verdadeira filiação da obra: o de César Gardeton, autor francês do século XIX que possui entre sua bibliografia o seguinte título: Droits de la femme et l’injustice des hommes, publicado em 1826. A leitura comparada das duas obras, que apresentam grandes semelhanças, a começar pelos títulos, permite-nos estabelecer que Nísia Floresta teve acesso ao texto de César Gardeton. Com esta revelação é pertinente renunciar à crença persistente de que Nísia Floresta teria traduzido a obra A Vindication of the rights of woman de Mary Wollstonecraft ou Mistriss Godwin.
Presentemente, adequa-se certificar que a tradução de Nísia Floresta acomoda-se como uma transmissão, pois, de fato, nem o título nem a atribuição à Mistriss Godwin são suas criações. Ao interpretar César Gardeton, ela pensa traduzir Mistriss Godwin. Assim, a origem de Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens mantém-se como a reprodução fiel das ideias de Sophia em seu livrete Woman not Inferior to man, obra resultante da reflexão de Poulain de la Barre encontrada em seu livro de 1673 De l’égalité des deux sexes.
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A obra que instaura Nísia Floresta na posição de escritora e primeira feminista do Brasil data de 1832, é intitulada Direitos das Mulheres e injustiça dos Homens e trata-se, segundo a autora, de uma tradução livre. Ainda que a categoria dessa obra assim como a atribuição a Mistriss Godwin tenham sido estabelecidas pela própria autora, sempre houve diversas controvérsias a respeito de suas verdadeiras raízes.
Citation bibliographique
Soares, Erica (2017), Copie assumée, copie dissimulée: les racines controversées de Direitos das mulheres e injustiça dos homens de Nísia Floresta [Mémoire]